terça-feira, 1 de outubro de 2013

APAE promove palestra sobre deficiência intelectual na ACADEPOL

Com o fim de capacitar policiais civis para o atendimento e orientação de pessoas com deficiência intelectual (DI) a Academia de Polícia do Estado de São Paulo, promoveu, na última quarta-feira (25), em parceria com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), palestras para os alunos do Curso de Formação para Médico Legista.

As palestras tiveram por tema central a deficiência intelectual (DI) e foram dividas em duas frentes: a primeira, intitulada “Diagnostico da Deficiência Inteligência”, foi conduzida pelo psicólogo, especialista em neurociências e terapia cognitiva comportamental Raphael Suwwan Rodrigues; enquanto a segunda, denominada “Deficiência e Violência – causas e formas de identificação”, foi ministrada por Marco Aurélio Teixeira de Queiroz, psicólogo, especializado em terapia familiar, casal, grupo e comunidade, ambos colaboradores da APAE.


Raphael Suwwan iniciou os trabalhos discorrendo sobre a definição de deficiência intelectual (DI), que, segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual do Desenvolvimento (AAIDD), caracteriza-se por um funcionamento intelectual inferior à média (QI), associado a limitações adaptativas.

Esclareceu que o termo deficiência mental é um termo em desuso, sendo mais usual o termo deficiência intelectual. Revelou que o QI abaixo de 70 já é considerado deficiente intelectual. Explicou que a inteligência pode ser definida como “capacidade mental muito geral que implica na habilidade para raciocinar, planejar, resolver problemas, abstrair e compreender ideias e linguagens, bem como, aprender.”

Falou, ainda, sobre novos termos comumente utilizados, como “inteligência fluída” (eficiência mental não verbal livre de cultura, capacidade adaptativa) e “inteligência cristalizada (conhecimentos e habilidades adquiridas, especialmente oriundos dos estudos intelectuais).



No segundo momento do encontro, Marco Aurélio abordou o tema sociedade e violência sob o enfoque da deficiência intelectual. Lembrou que todos os policias devem ter a consciência de que os portadores de deficiência intelectual tem dificuldades para se comunicar, mas se comunicam; tem dificuldades de compreensão, mas compreendem!

Ressaltou, então, que a dificuldade de comunicação de pessoas com deficiência intelectual pode ser ainda maior em situações onde haja a necessidade de intervenção policial, razão pela qual é tão importante e significativo a compreensão desta problemática por parte dos agentes de segurança pública.




Ao final do evento o Delegado de Polícia Divisionário da Secretaria de Cursos de Formação, Dejair Rodrigues, acompanhado da Delegada de Polícia Bertha Paschoalick, agradeceu a presença dos convidados e destacou a importância desta parceria no sentido de aproximar policias civis e pessoas com deficiência intelectual, de modo a promover uma segurança pública cada vez mais especializada, eficiente e humanizada.

Fonte e fotos: Acadepol





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