A mesa redonda promovida pela OAB
SP na última quinta-feira (09/05), às 10 horas, em sua sede, para debater a
PEC-37 foi transformada em Ato Público de apoio à proposta de emenda
constitucional, por sugestão do conselheiro federal e ex-presidente da OAB SP,
Luiz Flávio Borges D’Urso. Também será lançado um Manifesto em defesa da PEC-37
e um abaixo-assinado para adesão de instituições e cidadãos.
Para os expositores, a defesa da
PEC-37 está ligada à defesa dos valores republicanos
“Esse momento é histórico. O
debate sobre a PEC-37 foi apresentado por pessoas que retratam a posição da
própria OAB SP e sumariaram os argumentos que temos empregado para sustentar a
defesa da PEC-37, que vemos como uma PEC da cidadania, uma PEC da justiça, uma
PEC da legalidade, uma PEC da constitucionalidade, essencial ao Estado
Democrático de Direito e ao exercício direito de defesa”, disse o presidente da
OAB SP, Marcos da Costa.
Todos os expositores (Luiz
Flávio Borges D’Urso; ex-presidente da OAB, José Roberto Batochio;
superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Ciciliati
Troncon Filho; jurista Ives Gandra da Silva Martins e
delegado de polícia civil aposentado, Luiz Carlos Freitas Magno) ressaltaram
a importância de esclarecer a opinião pública sobre os falsos argumentos
utilizados contra a PEC-37, contidos na campanha do Ministério Público, que
rotula a proposta de “PEC da impunidade”. “ Esta PEC é da legalidade porque diz
o que já está na lei. Esse discurso (do MP) é perigoso quando diz que se o
Ministério Público não investigar, haverá impunidade ou corrupção. Nada disso é
verdade”, afirmou D’Urso.
Ives Gandra comentou que a
campanha do Ministério Publico poderia ser feita, mas em outros termos:
“Da forma como está sendo feita é antidemocrática e não beneficia em nada a
instituição e tem apenas um único objetivo, midiático, isto é, de tentar
mostrar para a população que eles são os incorruptíveis e que todos os
delegados, todos os policiais são corruptos e isto é um falso retrato da
democracia brasileira”. Na mesma linha, Troncon Filho disse que a campanha é
maniqueísta: “O MP representa o bem, único capaz de combater o mal da corrupção
que assola o país. Ora senhores, isto é uma tremenda falácia”.
Os expositores também ressaltaram
que a PEC-37 é uma proposta de ratificação, de esclarecimento, de ato
declaratório à Constituição Federal quanto ao alcance dos poderes de
investigação da Polícia Judiciária (esfera penal) e do Ministério Público
(esfera civil). Segundo José Roberto Batochio, a “PEC 37 não tira absolutamente
nada do Ministério Público, que nos últimos tempos vem invadindo as atribuições
da Policia Judiciária contra o que determina a Constituição, que diz que as
investigações criminais cabem à Polícia”. Troncon Filho explicou que a PEC-37 em
nada interfere com a capacidade persecutória do MP e D´Urso sustentou que
o texto constitucional jamais conferiu poderes para investigação criminal ao
Ministério Público.
Durante o debate, os
expositores chamaram atenção para a busca do MP de ampliar seus poderes
constitucionais . Para Ives Gandra, “ se não conseguirem derrubar a PEC-37, a
partir daí o MP terá todos os poderes, maiores do que todas as instituições e
serão os julgadores do Três Poderes e da democracia e da própria magistratura.
Só nos resta defender (a PEC), para o bem da república e da democracia”.
Batochio ressaltou que o MP tem um apetite pantagruélico por novas atribuições:
“Encontramos o Ministério Público até nas grandes obras governamentais,
demonstrando (...) um apetite tão grande que acaba fazendo com que a pessoa não
consiga digerir”.
Ao final dos debates,
D'Urso fez a leitura do texto de uma proposta de Manifesto, que será
concluído pela comissão da OAB SP que estuda a matéria e o professor Ives
Gandra encerrou lendo um poema que criou, de improviso, sobre a PEC-37:
“Vive-se a democracia/No direito de defesa/Que se torna, dia a dia/Da República
a certeza/O Público Ministério/Tem imenso preconceito/Pois querendo ter o
império/O poder não tem respeito/Todos têm suas funções/Defensores,
delegados/Não pode haver invasões/Por quem transborda seus lados/Que não haja
qualquer breque/Aprovamos esta PEC.”.
Compuseram a mesa de trabalhos, além do presidente da OAB SP e dos expositores, o secretário-geral adjunto da OAB SP, Antonio Ruiz Filho; o conselheiro federal, Guilherme Batochio; o conselheiro Arles Gonçalves Júnior, presidente da Comissão de Segurança Pública; o conselheiro Alecksander Mendes Zakimi, presidente da Comissão dos Acadêmicos de Direito; o conselheiro Jorge Augusto Niaradi, presidente da Comissão de Relações Internacionais; a conselheira Lucia Maria Bludeni, presidente da Comissão de Direitos do Terceiro Setor; Marcelo Sampaio Soares, conselheiro ; Marco Aurélio Vicente Vieira, conselheiro; o conselheiro Ricardo Toledo Santos Filho, diretor-adjunto de Prerrogativas e Rui Augusto Martins, conselheiro seccional.
Compuseram a mesa de trabalhos, além do presidente da OAB SP e dos expositores, o secretário-geral adjunto da OAB SP, Antonio Ruiz Filho; o conselheiro federal, Guilherme Batochio; o conselheiro Arles Gonçalves Júnior, presidente da Comissão de Segurança Pública; o conselheiro Alecksander Mendes Zakimi, presidente da Comissão dos Acadêmicos de Direito; o conselheiro Jorge Augusto Niaradi, presidente da Comissão de Relações Internacionais; a conselheira Lucia Maria Bludeni, presidente da Comissão de Direitos do Terceiro Setor; Marcelo Sampaio Soares, conselheiro ; Marco Aurélio Vicente Vieira, conselheiro; o conselheiro Ricardo Toledo Santos Filho, diretor-adjunto de Prerrogativas e Rui Augusto Martins, conselheiro seccional.
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