terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Conselho homenageia delegado pelo conjunto de obras sobre a Polícia Civil

 
Membros do Conselho da Polícia Civil (CPC), reunidos na tarde da última sexta-feira (9), receberam o delegado de polícia recém aposentado Carlos Alberto Marchi de Queiroz para fazer-lhe uma honrosa homenagem.


O objetivo foi reconhecer o trabalho do delegado que, ao longo dos últimos 14 anos de uma carreira de 37, dedicou-se à escrita sobre assuntos ligados à Polícia Civil, em especial à coordenação dos Manuais de Polícia Judiciária e Operacional.

Por conta desses feitos, a Delegacia Geral de Polícia, por intermédio do CPC, resolveu homenagear o delegado que se aposentou, coincidentemente no Dia do Servidor Público (28/10), de forma compulsória, por exigência da lei ao completar a idade.

“A Polícia Civil faz uma singela homenagem, embora de grande significância em razão do reconhecimento pelos trabalhos e pelo tempo de dedicação à causa de nossa instituição. O senhor marcou uma geração e marcará as futuras, em razão de sua competência e de suas obras. Essa homenagem é um reconhecimento por gratidão”, frisou o delegado geral Luiz Mauricio Souza Blazeck.

Diante dos membros do Conselho da Polícia Civil, o delegado homenageado falou sobre sua vocação para a escrita, que vem desde os tempos de garoto, narrando sua trajetória pelos distritos policiais até chegar aos cargos mais altos na instituição. Agradeceu ainda ao ex-delegado geral Marco Antonio Desgualdo pela designação e ao atual, Mauricio Blazeck, pelo convite para continuar na coordenação dos manuais da Polícia Civil, sem ônus para o Estado. “Sou apenas um executivo a quem coube escolher os co-autores das obras”, que estão em contínua revisão, graças ao apoio de diretores como Paulo Afonso Bicudo, quando esteve à frente da Acadepol e, recentemente, na gestão de Mário Leite de Barros Filho.


Marcas na instituição
Na ocasião, Mauricio Blazeck entregou uma placa de homenagem ao delegado, mencionando “Nosso apreço, nossa estima, o reconhecimento e a gratidão em nome de toda a instituição. Não é apenas uma placa, mas um símbolo de reconhecimento real do seu trabalho em prol da instituição. Que Deus sempre o proteja nessa missão”, reforçou.

Na placa, os dizeres: “Os Delegados de Polícia membros do Egrégio Conselho da Polícia Civil em nome de todos os servidores da instituição prestam a mais justa homenagem ao ilustre Delegado de Polícia, Exmo. Sr. Dr. Carlos Alberto Marchi de Queiroz, pelos profícuos e imensuráveis serviços da mais alta relevância prestados em prol da população e da Polícia Civil do Estado de São Paulo, por mais de 37 anos”.

No livro de visitas do CPC, Marchi de Queiroz escreveu: “Deixo neste livro de ouro, por ocasião de minha aposentadoria, as seguintes palavras: “Deus, família, pátria e Polícia Civil”.


Carreira de escritor
Professor concursado da Academia de Polícia nas disciplinas Inquérito Policial e História da Polícia, também formado em direito pela PUC de Campinas e com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo em Direito Penal, Marchi de Queiroz tem vários livros sobre a história, as leis, e os procedimentos da Polícia Civil, alguns com edições esgotadas.

“Vade Mecum Policial”, “A Polícia não morre”, História Geral da Polícia Civil”, “Lei Orgânica da Polícia anotada”, “O sobrestamento do processo administrativo disciplinar” e “Na defesa das prerrogativas do delegado de polícia”, são algumas de suas obras.

Desde 1999 foi designado pela Delegacia Geral de Polícia, na gestão do delegado Marco Antonio Desgualdo, para coordenar um grupo de professores e, assim elaborar dois grandes lançamentos: o Manual da Polícia Judiciária, atualmente na 6ª edição e o Manual Operacional da Polícia Civil, na 4ª edição. Ambos são considerados ferramentas essenciais para o trabalho policial.

Despedida
“Só fiz amigos na Polícia. Sempre seguirei a todos com idêntica lealdade. Continuarei escrevendo assuntos da Polícia Civil”, disse emocionado. “Esse é um momento que todos vocês passarão. Aproveito o ensejo para pedir ao delegado geral que continue com esse tipo de homenagem. A Polícia Civil precisa de ‘pompa e circunstância’. Mesmo um pedacinho de lata que pouco custa, no peito de um policial, representa muito para aquele profissional de polícia”. E finalizou: “Continuarei ao lado da Polícia. Contem comigo até o fim dos tempos”.

por Rina Ricci

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