Em votação simbólica com menos de 10 dos 55 parlamentares no plenário, a Câmara Municipal aprovou, em segunda e definitiva votação, a exclusão de profissionais da área de segurança (delegados, investigadores, PMs, bombeiros, escrivães, agentes da PF, etc) do rodízio municipal de veículos. Por turno, cerca de 5.000 PMs e policiais civis usam o carro para ir trabalhar, segundo projeção feita no projeto.
É a segunda categoria que consegue a exclusão do rodízio, em vigor na capital
paulista desde 1997. Os médicos conseguiram a mesma anistia em 1998. Depois os
advogados também receberam a anistia em 2008, mas o então prefeito Gilberto
Kassab (PSD) vetou. A tendência agora é de que o prefeito Fernando Haddad (PT)
também vete o benefício aos profissionais da segurança.
“Os profissionais de segurança desempenham uma função essencial e muitas
vezes são chamados ao serviço fora do horário de trabalho. Muitos policiais
precisam fazer turnos de 24 horas, fora da programação rotineira, e depois não
podem deixar o quartel por causa do rodízio”, argumentou o Coronel Camilo (PSD),
autor do projeto em conjunto com o vereador Marco Aurélio Cunha (PSD). “Temos um
precedente que são os médicos, que também desempenham função primordial. Mas
acho que os policiais também desempenham um trabalho que merece esse
benefício.”
Ricardo Young, líder do PPS, e Toninho Vespoli (PSOL), foram os únicos
parlamentares que votaram contrários. No momento da votação simbólica, por volta
das 18h30, a maior parte dos vereadores estava reunida em uma sala anexa ao
plenário para discutir a composição da nova Mesa Diretora que será eleita no
domingo – o presidente José Américo (PT) será reeleito, mas ainda falta compor
os cargos de vice-presidente, que vai ficar com o PSD, e de primeiro-secretário,
reservado ao PSDB.
“Sou contra qualquer flexibilização no rodízio de veículos. Por isso votei
contra”, argumentou Young.
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