segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Brasil estuda criar programa de reciclagem de veículos


 
RICARDO RIBEIRO
ENVIADO ESPECIAL A ORLANDO (EUA)
O governo brasileiro estuda a criação de um programa de reciclagem de veículos. A proposta é da Fenabrave (federação das concessionárias), que analisa os modelos usados em outros países em discussão na convenção anual da NADA (associação dos concessionários dos EUA), que acontece nesta semana em Orlando.
"Estamos conversando com o poder público para que criem regras e um sistema de reciclagem veicular. Somos o quarto maior mercado do mundo e não temos uma legislação e um programa que indique o que será feito com o carro velho", diz Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.
Além dos benefícios ambientais, interessa à Fenabrave uma medida de incentivo à renovação da frota, pois isso levaria a uma alta nas vendas de carros novos.
"Aquece o mercado de novos e o de usados. Os ganhos são inúmeros, incluindo a redução da poluição, aumento da segurança no trânsito e a geração de renda com a contratação de pessoas e a compra de máquinas para o processo", defende Meneghetti.
FROTA VELHA
A frota nacional de carros tem idade média de 12 anos. Ao contrário de alguns países, no Brasil, quanto mais antigo é o carro, mais benefícios governamentais ele têm, como a isenção de impostos como o IPVA.
Já a situação dos caminhões é ainda mais preocupante, segundo Alarico Assumpção, vice-presidente da Fenabrave e especialista no mercado de pesados. A idade média da frota é de 14 anos.
"Há caminhões com mais de 40 anos ainda 'trabalhando'. "São veículos em situação precária e perigosa", aponta Assumpção.
A criação de leis que regulamentaram a reciclagem na Argentina, por exemplo, permitiu a implantação de um programa do Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária) do país. A iniciativa reduziu o furto e o roubo de veículos na região da grande Bueno Aires em 70%.
No Europa, a legislação sobre o tema está mais avançada e há unidades para o tratamento dos carros fora de uso em países como a Espanha.
Fonte: Folha de São Paulo
 

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