Do portal da Alesp
Compareceu à reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários, sob a presidência de Adilson Rossi (PSB), o delegado-geral de polícia, Luis Maurício Souza Blazeck, que contou sobre as mudanças que ocorreram na Polícia Civil durante seu comando, que completa um ano.
Ele também manifestou apoio ao Projeto de Lei Complementar 43/2013, que cria o Adicional por Direção da Atividade de Polícia Judiciária, destinado aos delegados de polícia: “Bons profissionais procuram bons salários”, disse Blazeck.
“Aceitei o desafio em nome da minha corporação”, disse o delegado-geral, explicando que o momento em que ele assumiu o cargo era delicado, tanto por pressão da mídia como popular. Falou do Sistema Integrado de Segurança (SIS), dos Conselhos de Segurança (Consegs) e do trabalho que é realizado na capital e no interior do Estado.
Blazeck, que trabalha na Polícia Civil há 28 anos, afirmou que nos últimos oito anos especializou-se em gestão pública, e que o planejamento da administração da polícia é de suma importância. “Segurança pública não é uma atividade doméstica em que você faz como quer.”
O delegado afirmou que o índice de homicídios havia aumentado em novembro de 2012, “uma situação desagradável e preocupante, principalmente por se tratar de vidas”, salientou.
Redimensionando os setores
As mudanças na estrutura da Polícia Civil, tanto no interior como na capital, foram explanadas pelo delegado. “O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) é um departamento de excelência, mas estava saturado”, exemplificou. Também disse que não fazia sentido a manutenção de uma delegacia de polícia destinada exclusivamente a investigações sobre furto e roubo de jóias, por isso a transformou em uma unidade de atuação mais ampla, abrangendo crimes como roubos a condomínios e ações de Black Blocs.
Sobre o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), o delegado-geral afirmou que irá aumentar o número de unidades para 54 centrais. Com relação ao interior, disse que “pela primeira vez a divisão de recursos materiais e humanos foi equitativa.
“Quando assumimos, tínhamos zero de investimento em inteligência”, disse Blazeck, que citou o apoio do secretário de Segurança na liberação de verba para investimentos em diversas áreas internas. Já com relação à ampliação do número de unidades policiais, o delegado-geral lamentou a falta de recursos para investimento em estruturas de prédios, rubrica que contou com apenas R$ 3 milhões neste ano.
“Não consigo construir, uma única delegacia com isso”.
Projeto dos desmanches
O delegado pediu aos parlamentares que apoiem o Projeto de Lei 380/2013, que tornar mais efetivo o combate à receptação de autopeças, com objetivo final de inibir o roubo e furto de automóveis. “Vocês estarão prestando um auxílio ímpar na redução dos índices de crimes contra o patrimônio.”
Com relação à valorização profissional, afirmou que São Paulo é o único Estado da federação que não dá aposentadoria especial para os policiais. Ele pediu apoio aos bons policiais, que merecem melhores salários e condições de trabalho. Agradeceu ainda aos deputados pelas propostas aprovadas, que tratam da exigência de nível superior para agentes e escrivães e do reconhecimento da carreira de delegado como jurídica.
Deputados
Hamilton Pereira (PT) elogiou os aprimoramentos da Polícia Civil e falou de seu projeto sobre a criação da Coordenadoria de Busca por Desaparecidos, que foi aprovado na Assembleia, mas vetado pelo governador. Pediu atenção e dedicação ao assunto. Blazeck convidou o Hamilton Pereira para visitar a equipe da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, vinculada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Também falou sobre outros projetos visando aprimorar as buscas, como o uso de um software que, com base em fotografias, simula o envelhecimento das faces para facilitar o reconhecimento após anos de desaparecimento.
Pedro Tobias (PSDB) questionou se há projetos que visem atender mais rapidamente o cidadão nas delegacias, principalmente para esclarecimento de queixas e boletins de ocorrências. Blazeck falou que faz parte de uma das instituições mais fiscalizadas, e que conta também com o aperfeiçoamento dos totens para auto-atendimento e delegacias webs, onde se pode realizar o início do procedimento de BO, dependendo da gravidade da situação.
Major Olímpio (PDT) também elogiou o delegado-geral e pediu esforços dos deputados no sentido de destinar mais recursos à Secretaria da Segurança Pública no Orçamento 2014.
Dilador Borges (PSDB) falou dos benefícios que Araçatuba recebeu, mas lamentou que a região esteja localizada na divisa do Estado, em rota do tráfico internacional de drogas. Marco Aurélio de Souza (PT) perguntou sobre o fechamento de delegacias em cidades pequenas, que acabam obrigando os cidadãos a realizarem as queixas em cidades vizinhas.
Fernando Capez (PSDB) salientou que o crime que mais aumenta no Estado é aquele em que falsos chaveiros, passando-se prestadores de serviço, fazem cópias das chaves das residências para posterior invasão. Defendeu seu projeto de lei que cria cadastro voluntário de chaveiros disponível à consulta popular.
Osvaldo Vergínio (PSD), que atuou por 25 anos na polícia, ressaltou que os delegados iniciam suas carreiras com salários muito baixos. Parabenizou o delegado que preside o inquérito sobre o caso do garoto Joaquim, de Ribeirão Preto.
Itamar Borges (PMDB) parabenizou os trabalhos do delegado-geral e destacou a excelência referente a modernização da capital e do interior. Antonio Mentor (PT) ressaltou o apoio do Partidos dos Trabalhadores às causas policiais.
Também estiveram presentes os parlamentares Ramalho da Construção, Maria Lucia Amary (ambos do PSDB), Padre Lobato (PV) e Antonio Salim Curiati (PP).
As informações são do portal da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
[Foto: Divulgação/Alesp]
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