sexta-feira, 24 de agosto de 2012

STJ quer deixar de ser ‘terceira instância’

 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) teve de julgar o caso do dono de um rottweiler que matou o papagaio do vizinho. O dono do cachorro tinha foro privilegiado porque era procurador da República. O exemplo foi dado pelo ministro Felix Fischer, de 65 anos, que assume a presidência do STJ em uma semana, para um mandato de dois anos, como demonstração da necessidade de adoção de medidas que barrem o envio de processos “menores” para a Corte, criada há 24 anos. Hoje, o STJ tem 262 mil processos aguardando julgamento, sete vezes mais do que em seu primeiro ano de existência. Na média, entram 27 mil ações por mês no tribunal.

Segundo o ministro, hoje o STJ caminha para ser apenas uma “terceira instância”, à qual muitos recorrem para postergar o cumprimento de obrigações já reconhecidas nos tribunais de segunda instância. “Para quem tem razão, é um suplício”, diz o ministro, que tem como meta levar ao Congresso propostas de lei que ajudem a mudar essa realidade. A ideia é adotar a súmula vinculante e a repercussão geral infraconstitucional, mecanismos semelhantes aos utilizados pelo Supremo Tribunal Federal.
 
Fonte: Valor Econômico

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