À
sua imagem e semelhança, a presidente Dilma Rousseff vai começar, no período
pós-mensalão, a mudar a feição do Supremo Tribunal Federal. A aposentadoria de
dois ministros neste ano - Cezar Peluso e Carlos Ayres Britto - e a possível
antecipação da saída do ministro Celso de Mello permitirão que a presidente tenha
nos próximos meses cinco integrantes da Corte escolhidos por ela.
Os
candidatos às duas vagas deste ano são incertos, mas a presidente já instituiu
sua banca para escolhê-los. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também
cotado para uma vaga no tribunal nos próximos anos, e o secretário executivo da
Casa Civil, Beto Vasconcelos, sabatinam os candidatos para as duas vagas certas
- uma será aberta em setembro e outra em novembro, quando Ayres Britto irá
completar 70 anos.
O
processo iniciado antes do julgamento do mensalão é tocado, como manda Dilma,
com a maior discrição possível. Os três nomes que a presidente indicará podem
mudar a característica da Corte, hoje moldada pelo ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Da atual composição do STF, seis ministros foram nomeados por
Lula. Assim que assumiu o governo, Dilma indicou Luiz Fux para o Supremo. O
nome foi apadrinhado pelo então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
Fonte: O Estado de São Paulo
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