segunda-feira, 4 de março de 2013

São Paulo recebe 270 novos agentes de telecomunicações

São Paulo recebe 270 novos agentes de telecomunicaçõesRafael Iglesias

Governador ao lado dos três melhores alunos da Acadepol

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A partir de hoje (1º), a Polícia Civil de São Paulo tem mais 270 agentes de telecomunicações trabalhando nas delegacias. Os novos policiais atuarão por todo o Estado – 120 na Capital, 25 na Grande SP e 125 no interior.
“Hoje somos policiais e temos muito conhecimento. O que é importa é o que somos para a família e para a sociedade e o que fazemos com aquilo que sabemos”, resumiu Murilo Monteiro da Silva Paolielo, terceiro melhor aluno da turma de formandos.
Além dos distritos policiais comuns, o Departamento de Inteligência (Dipol) o Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap) e da Macro São Paulo (Demacro) também receberão os novos policiais, de acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Souza Blazeck. Para ele, uma responsabilidade muito grande está nas mãos dos 222 homens e 48 mulheres que ingressam na polícia.
“Nós vamos ampliar muito a delegacia eletrônica e a tecnologia da informação”, afirmou o governador Geraldo Alckmin.
Tecnologia no combate ao crime
Os agentes de telecomunicações têm como principal função operar os rádios do Centro de Operações da Polícia Civil (Cepol), além de participarem da implantação de redes de comunicações e de dados e transmissão de mensagens entre delegacias.
Por terra, os telecomunicadores coordenam as ações policiais comunicando viaturas em serviço e o helicóptero Pelicano, da Polícia Civil.
De acordo com o delegado Mario Leite de Barros Filho, diretor da Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra (Acadepol), todos os tipos de comunicação contribuem para a fluidez do trabalho policial e ajuda a salvar vidas.
A Acadepol é responsável pelo recrutamento e treinamento dos novos policiais, assim como aperfeiçoamento dos mais antigos.
“Todos são craques, todos são Neymar”, disse, entre risos, o governador. Os homens de “sangue novo” (como Alckmin tratou os novos policiais) tinham uma expectativa no olhar, como Juan Pereira Miranda, de 23 anos. A vontade de ser policial surgiu na adolescência, entre estudos e jogos de futebol. No evento, ele estava acompanhado da família, que não conseguia disfarçar a alegria.
Mas esse dia não foi apenas especial para os agentes de telecomunicações, como destacou o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira. “É mais especial para a Polícia Civil.” Paraninfo da turma, ele explicou que a formatura “simboliza o início de uma jornada e o sentido que damos à nossa vida”.
Estudiosos
“Participar desse auxílio à sociedade, contribuir e usar todo o nosso conhecimento traz uma sensação muito positiva de poder dar esse diferencial na segurança”, contou Marina Milani de Moraes Defensor, que recebeu das mãos do secretário Fernando Grella seu certificado de segunda melhor aluna da turma de telecomunicações Acadepol.
De outubro do ano passado até a metade de fevereiro de 2013, ela e os outros agentes de telecomunicações estudaram 22 disciplinas e participaram de cinco palestras. Além disso, houve um estágio, fazendo com que os três meses totalizassem 612 horas/aula.
O primeiro colocado desse curso, Murilo Yago Batalha, com empolgação na voz, disse que sua família não só adora a sua nova profissão, como também tem raízes no trabalho policial. “Todo mundo alegre e contente.” Murilo, que obteve a maior nota nos três meses de curso na Academia, recebeu o diploma das mãos de Geraldo Alckmin.
O concurso para agente de telecomunicações da Polícia Civil é um dos mais concorridos da corporação. O último teve 83.277 inscritos.
Trabalho e empenho
O trabalho dos policiais é permanente, ressalta o governador de São Paulo. “O combate ao crime existe 24 horas por dia.” Os policiais novos chegam para melhorar esse trabalho.
Entretanto, Geraldo Alckmin não se diz satisfeito: “É claro que nós gostaríamos que o índice fosse zero, mas estamos trabalhando.”
Segundo ele, o Estado tem 11 homicídios por 100 mil habitantes, enquanto a média brasileira é de 24 mortes ao ano.
O governador ainda ressaltou a queda dos crimes. Em 1999, a taxa de homicídios dolosos (intencionais) era de 35,27 para cada 100 mil habitantes de São Paulo, uma queda de 23,79 mortes na comparação com 2012, que teve média de 11,48.
O Centro Integrado de Inteligência de São Paulo (CIISP) também foi destacado pelo secretário Fernando Grella Vieira como um meio para a melhora dos índices criminais do Estado.
Por decreto publicado na quarta-feira (27) no Diário Oficial do Estado (DOE), o Centro foi cria pelo Governo, para se tornar o órgão central de articulação e integração das atividades de inteligência de segurança pública do Estado.
O CIISP será formado pelos órgãos de inteligência da Secretaria da Segurança Pública, por meio das polícias Civil e Militar, e pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Rafael Iglesias
 

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