Rodrigo Paneghine
Chefes das polícias recebem homenagens do diretor do Deinter-7 e do comandante do CPI-7
O secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, ao lado dos chefes das polícias paulistas, anunciou medidas estruturais nas corporações, aprimorando, assim, a prevenção e a investigação e elucidação de crimes.
As mudanças, divulgadas na manhã desta terça-feira (29) durante um encontro regional em Sorocaba, interior do Estado, são fruto de estudos, análises e frequentes reuniões que visam fortalecer e integrar os serviços de inteligência das polícias e aumentar a sensação de segurança da população. “A integração deve ser permanente entre as corporações para aperfeiçoar nosso atendimento à população. É um avanço”, afirmou Grella.
Polícia Militar
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel PM Benedito Roberto Meira, e o comandante do Comando de Policiamento do Interior 7 (CPI-7), coronel Helson Lever Camilli, falaram sobre o aumento do efetivo na região, porém com modificações do processo de alistamento dos PMs.
Atualmente, os aspirantes a praças da Polícia Militar vão até São Paulo realizar a formação. Com isso, o policial fica entre três e quatro anos fora da sua região.
A proposta é retornar com o alistamento e formação regional. “A mudança é para que o policial seja escolhido, faça escola e permaneça na mesma região. Não há necessidade de concentrar todos os recursos na capital”, disse Meira.
Outra mudança é a desobrigação de policiais para escolta de presos. Com a criação do cargo de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária, com mil vagas subordinadas à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), muitos policiais militares voltarão às ruas, para o trabalho de prevenção e patrulhamento ostensivo.
Polícia Civil
Os distritos e delegacias receberão medidas de reengenharia, tanto nos recursos humanos, que devem receber reforços, quanto nos recursos materiais. As medidas foram apresentadas pelo delegado-geral da Polícia Civil, Luiz Maurício Souza Blazeck, em conjunto com o diretor do Departamento do Interior 7 (Deinter-7), Júlio Gustavo Vieira Guebert.
“Não devemos ser apenas uma instituição burocrática de registros de ocorrências, mas sim de investigações e elucidação de crimes. Para isso, precisamos otimizar nossas forças para depois ampliar a atuação”, explicou Blazeck.
Assim como a PM, os concursos para policiais civis também serão regionalizados. O objetivo é levar aos 78 municípios da região do Deinter-7 (Sorocaba), novos policiais que morem e conheçam bem a área. Segundo o delegado-geral, cerca de 50% dos policiais civis dos próximos concursos irão diretamente para regiões do interior.
Polícia Técnico-Científica
As mudanças também contemplam os médicos legistas e peritos criminais. O superintendente da Polícia Técnico-Científica, Celso Perioli, o diretor do Instituto de Criminalística de Sorocaba (IC), José Augusto Marinho Mauad, e o diretor do Instituto Médico Legal de Sorocaba (IML), Orlando Fermozelli Rodrigues Junior, anunciaram a adequação do quadro funcional da Polícia Técnico-Científica.
Segundo o superintendente, mais de setenta vagas foram preenchidas para peritos e médicos e, em breve, os novos policiais irão cursar a academia. Nos próximos meses, serão abertas diversas vagas para auxiliar de necropsia, destinadas a todo o Estado.
Apenas em Sorocaba, os policiais do IC irão receber 11 novas viaturas e os do IML, mais cinco, entregues até o início de fevereiro. “Não existem atalhos para o sucesso e a melhor estrada é o trabalho intenso. Nossos desafios são a adequação dos espaços físicos e de materiais, por isso iremos ampliar e modernizar as unidades, segundo as necessidades de cada região”, afirmou Perioli.
Esferas Municipal e Federal
Uma das medidas é a aproximação do Governo Federal, dos municípios e do Poder Judiciário, através de acordos de colaboração.
A proposta é incentivar os prefeitos e vereadores a participarem ainda mais na área da Segurança Pública, além de ampliar a Atividade Delegada para outras áreas. “A implantação de câmeras de videomonitoramento, a fiscalização de comércios e a melhora da iluminação pública e das ruas, entre outros elementos, são dos municípios, mas que influenciam a Segurança Pública”, explicou Grella.
O sistema de videoconferência para julgamentos, com o objetivo de agilizar os processos, diminuir custos e reduzir o risco de fugas, é outro projeto que já está em fase de implantação, em especial para presos que foram transferidos para outros estados.
“A Segurança Pública é um assunto policial e complexo, mas conta com a participação de todos. Por isso, as portas da secretaria estão e estarão sempre abertas para acolher, para apoiar, para auxiliar e ajudar a todos, e temos convicção de que essa é uma tarefa coletiva e temos que estar todos juntos”, finalizou o secretário.
Rodrigo Paneghine
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