Com base nos dados do Datasus
(Ministério da Saúde), o Instituto Avante Brasil constatou que dos
52.260 homicídios contabilizados no país em 2010,
47.749 (ou 91,4%) eram de homens. Em
contrapartida, 4.465 (ou 8,5%) mulheres foram assassinadas
neste mesmo período (as 46 mortes restantes foram de indivíduos de sexo ignorado
– desconhecido).
Este cenário é exatamente o mesmo de trinta anos
atrás. Em 2001, o número de homicídios no país era de 47.943,
dentre as quais 44.040 (ou 91,8%) vitimaram indivíduos
do sexo masculino. Há 30 anos, esta realidade não era diferente. Dos
13.910 assassinatos contabilizados para aquele ano, 90%
(12.534 assassinatos) eram homens. (Acompanhe o crescimento de
homicídios nos últimos trinta anos acessando nosso delitômetro).
Assim, historicamente, os homens
sempre compuseram (e continuam compondo), a maciça maioria dos assassinatos no
Brasil. Uma realidade conhecida e permanente há mais de trinta
anos e, contra a qual, nenhuma política pública de destaca (veja: Homens
e jovens: principais vítimas de homicídio no país).
*LFG – Jurista e cientista criminal. Fundador da
Rede de Ensino LFG. Codiretor do Instituto Avante Brasil e do
atualidadesdodireito.com.br. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de
Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). Siga-me nas redes sociais: www.professorlfg.com.br.
**Colaborou: Mariana Cury Bunduky – Advogada e
Pesquisadora do Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes.
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