Acompanhado de sua avó, Elizabete Ueda, de 65 anos, Guille estava eufórico, afinal, não era sempre que ela o acompanhava nas sessões. O garoto queria mostrar o que conseguia fazer em cima do cavalo. Pontualmente, às 14 horas, ele se preparou para montar no animal e começar os exercícios.
Com
a ajuda de três instrutores, Guille começou a cavalgar entre os obstáculos
distribuídos ao longo do picadeiro. A avó, que acompanhava tudo da área
reservada aos pais, vibrava a cada barreira vencida.
“A
equoterapia é uma coisa que ele gosta. Para o Guille, isso não é só uma
terapia, ele gosta de interagir com o cavalo e com as voluntárias”, disse
Elizabete.
Depois de meia hora de exercícios de equilíbrio e coordenação motora, Guille deixou o picadeiro e pediu para a avó algo que tinha guardado para o final: uma maçã. Com ajuda das voluntárias, o garoto caminhou até uma das baias onde ficam os cavalos e, sem demonstrar medo, alimentou o animal. E assim terminou a primeira sessão de equoterapia do dia.
Depois de meia hora de exercícios de equilíbrio e coordenação motora, Guille deixou o picadeiro e pediu para a avó algo que tinha guardado para o final: uma maçã. Com ajuda das voluntárias, o garoto caminhou até uma das baias onde ficam os cavalos e, sem demonstrar medo, alimentou o animal. E assim terminou a primeira sessão de equoterapia do dia.
O
treinamento dos cavalos
Apesar
da intimidade com os cavalos da equoterapia, existe uma coisa que o Guille
ainda não sabe sobre os animais: como eles são preparados para esta função.
Os cinco cavalos exclusivos para a terapia já participaram do policiamento de rua e tiveram que cumprir um treinamento básico. Atualmente, uma égua de quatro anos está em fase de adaptação, ela é treinada e sai para a rua – cumprindo seis horas de trabalho. Por ser muito dócil, participa da equoterapia.
Os animais da equoterapia passam por um treinamento diferenciado, que os deixa aptos a praticarem a terapia. Todos os dias, os cavalos são montados, rodados, trabalham o passo e a marcha.
Os cinco cavalos exclusivos para a terapia já participaram do policiamento de rua e tiveram que cumprir um treinamento básico. Atualmente, uma égua de quatro anos está em fase de adaptação, ela é treinada e sai para a rua – cumprindo seis horas de trabalho. Por ser muito dócil, participa da equoterapia.
Os animais da equoterapia passam por um treinamento diferenciado, que os deixa aptos a praticarem a terapia. Todos os dias, os cavalos são montados, rodados, trabalham o passo e a marcha.
Para
o coordenador, tenente Syllas Iadach, de 35 anos, a principal diferença no
treinamento dos cavalos do policiamento dos da terapia está na sensibilidade.
“O
cavalo de equoterapia tem que ser menos suscetível a uma mudança brusca porque
o praticante pode bater o pé ou querer abraçar o animal. Já o cavalo treinado
para o policiamento tem que ser muito mais sensível para responder aos comandos
da condução das rédeas e dos pés do cavaleiro”, explica.
Além disso, outra diferença no treinamento é a forma de condução. Na equoterapia, o cavalo é levado por um instrutor – chamado de condutor, que pode estar à frente ou atrás; no policiamento, o cavaleiro monta no animal e o conduz.
“Essa diferença acontece porque 90% dos praticantes da equoterapia não conduzem o animal sozinho”, revela o tenente.
Além disso, outra diferença no treinamento é a forma de condução. Na equoterapia, o cavalo é levado por um instrutor – chamado de condutor, que pode estar à frente ou atrás; no policiamento, o cavaleiro monta no animal e o conduz.
“Essa diferença acontece porque 90% dos praticantes da equoterapia não conduzem o animal sozinho”, revela o tenente.
Guille
Guilherme Ueda Skuplik nasceu em julho de 1998 e até o sétimo mês de vida aparentava ser um garoto normal, mas depois de algum tempo seus pais perceberam que ele não falava e não se movimentava como as outras crianças, então, o levaram a vários médicos.
Guilherme Ueda Skuplik nasceu em julho de 1998 e até o sétimo mês de vida aparentava ser um garoto normal, mas depois de algum tempo seus pais perceberam que ele não falava e não se movimentava como as outras crianças, então, o levaram a vários médicos.
Em
cada consultório que passavam, recebiam um diagnóstico diferente. Ao longo
desse tempo, o garoto começou a fazer fisioterapia, hidroterapia, equoterapia,
terapia ocupacional, fonoaudiólogo e foi só quando Guille completou 11 anos,
depois de um exame genético, que os médicos chegaram ao diagnóstico: ele tinha
a Síndrome de Angelman.
Ficou
explicado, depois disso, porque Guille tinha atraso do desenvolvimento motor e
intelectual, ausência de fala, apesar da capacidade de compreensão, problemas
de movimento e equilíbrio e pouca coordenação dos movimentos musculares
voluntários ao andar.
Desde
que começou o tratamento com a equoterapia da Polícia Militar, houve uma
visível melhora no quadro do garoto.
“Antes
do tratamento com a equoterapia da PM, ele não ficava nem de joelhos.
Depois
de dois meses, o menino conseguiu o que em três anos de fisioterapia não tinha
alcançado”, contou a avó.
A equoterapia da PM
Desde
1993, o Centro de Equoterapia da Polícia Militar paulista promove gratuitamente
a terapia com cavalos e, atualmente, 32 crianças são beneficiadas pela
iniciativa.
O
trabalho é realizado com a ajuda de 35 voluntários que se dividem em duas
equipes para atender as crianças nas tardes de segunda e terça-feira.
A
equoterapia é oferecida para portadores de deficiências intelectual e motora,
como crianças com paralisia cerebral, Síndrome de Dawn, autismos, além de
síndromes mais raras.
Para
mais informações sobre a equoterapia da PM é só entrar em contato com o
telefone do Regimento de Polícia Montada 9 de Julho: (11) 3315-0003.
Gabriela
Amaral
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