sexta-feira, 26 de outubro de 2012

242 oficiais e delegados se formam mestres e doutores


 


Kauê Pallone



 A importância da integração entre as polícias e os benefícios gerados para a segurança pública paulista foram os pontos enfatizados pelo governador Geraldo Alckmin e pelo secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, durante a formatura dos 242 oficiais e delegados que se formaram mestres e doutores em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública. O evento ocorreu na manhã de hoje (26) no auditório do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona oeste de São Paulo.
Geraldo Alckmin incentivou os policiais a continuarem no caminho dos estudos. “Eu aprendi duas coisas na minha vida profissional e aconselho: preparem-se individualmente sem descanso para que as coisas sejam bem feitas e cerquem-se das melhores pessoas, pois não fazemos nada sozinhos, fazemos em equipe e é preciso ter um bom time para este trabalho”.
Durante seu discurso, o secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, destacou a importância da troca de experiências entre as duas polícias. “Essa união, com o intercâmbio de ideias, de técnicas e experiências, aprimora o policial, e eleva a qualidade da segurança pública do nosso Estado. O Curso Superior de Polícia aproxima profissionais de polícia que nunca deveriam competir entre si”.
CSPI forma doutores
Sessenta oficiais da Polícia Militar e 20 delegados de polícia passaram por 736 horas de aulas no Curso Superior de Polícia Integrado, ministradas pelo Centro de Altos Estudos de Segurança “Cel. PM Nelson Freire Terra” (Caes) e pela Academia de Polícia Civil (Acadepol).
Os alunos iniciaram os estudos em 26 de dezembro do ano passado. No CSPI eles contaram com disciplinas que visavam o desempenho de funções no âmbito político e estratégico das polícias paulistas. Ao final do curso, apresentaram teses de doutorados focadas em temas de interesse na área da segurança pública.
Ferreira Pinto explicou que “o Curso Superior de Polícia capacita os policiais a alçarem os mais altos postos das instituições policiais”. Os oficiais da PM que se formaram estão aptos a passar para um posto superior – major para tenente-coronel e tenente-coronel para coronel – e os delegados de 1ª classe para a classe especial, que são os cargos mais altos das duas instituições.
Intercâmbio de informações
Dos 80 novos doutores, quatro são mulheres e quatro são de outros estados: dois de Roraima, um do Acre e um do Rio Grande do Norte. O tenente-coronel Wilson Nunes, 46 anos, é um deles.
Policial militar de Roraima, Nunes enfatiza o que irá levar para seu Estado. “Toda a experiência que tivemos aqui foi importante, além do convívio e a troca de informações. A Polícia de São Paulo é referência nacional e internacional, por isso, tem muito a contribuir com as outras polícias do país. Eu levarei tudo o que aprendi aqui para Roraima. Essa confraternização com as polícias de outros estados é muito importante, assim como a integração entre as polícias Militar e Civil. A população só tem a ganhar com isso”, diz o formando.
CAO traz 126 mestres
Os 126 capitães da Polícia Militar que concluíram o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais (CAO) estão aptos à promoção de major e, posteriormente, a tenente-coronel, o segundo mais alto da corporação.
A turma formada nesta sexta-feira teve início em 16 de dezembro do ano passado. Os alunos passaram por 576 horas de aula que visam habilitar os formandos ao exercício das funções oficiais de Estado Maior e ao assessoramento e planejamento de missões legais atribuídas à corporação.
Para receberam o diploma, os policiais apresentaram para uma banca examinadora uma dissertação focada na segurança pública.
O comandante geral da Polícia Militar Roberval França destacou que os projetos apresentados são ideias que podem ser revertidas em benefícios práticos à sociedade. “Estas teses envolvem projetos de pesquisas, desenvolvimento de conhecimento novo na área de segurança e propostas de soluções para os temas mais importantes e emergentes da segurança pública”.
Dos 162 novos mestres, 146 são homens e 16 mulheres. Um aluno veio do Estado do Amazonas para participar do curso.
Mulheres no comando
A capitão Adriana Ribeiro, de 41 anos, faz parte do grupo de mulheres que participaram do CAO. “É muito especial fazer parte das primeiras mulheres que ingressaram na Academia de Polícia do Barro Branco e que agora, com a unificação dos cargos, têm a possibilidade de galgar o posto de comandante geral. Somos as primeiras a comandar homens diretamente. Portanto este curso, para nós, representa uma vitória”, contou a capitão, feliz com a nova conquista.
Para ingressar no CAO, é preciso ser capitão e possuir três anos no posto, completados até o último dia da inscrição.
O delegado geral Marcos Carneiro Lima também esteve presente para prestigiar os novos mestres e doutores.
Reconhecimento
Desde 11 de janeiro de 2008, por meio da Lei Complementar Estadual nº 1036, que estabeleceu o Sistema de Ensino da Polícia Militar, o CAO e o CSP foram juridicamente reconhecidos como cursos de mestrado e doutorado em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Pública, respectivamente.
Kauê Pallone
 

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