sexta-feira, 28 de junho de 2013

Conselho veterinário proíbe corte de cauda para fins estéticos

 

 
Para CFMV a cauda constitui parte da coluna vertebral

O Conselho Federal de Medicina Veterinária publicou uma resolução que proíbe a caudectomia, amputação ou corte da cauda de cães para fins estéticos. “É uma mutilação totalmente desnecessária. Afinal, a cauda constitui uma extensão da coluna vertebral dos cães, é formada por uma série de terminações nervosas, além disso, auxilia o animal a se comunicar com outros cães e com os humanos”, esclarece a médica veterinária Valéria Pires Correa, diretora técnica do Grupo Pet Center Marginal, que defende a ação da entidade.  
 
A Resolução 1027, de 18 de junho, modifica outra, de 2008, que apenas recomendava que a cirurgia não fosse feita.
 
A cauda não só indica a felicidade dos animais para os donos. É abanando o rabo que eles espalham os feromôrnios para atrair o sexo oposto, demarcam território e indicam estados de espírito, como atenção e agressividade também”, lembra a especialista. “A caudectomia acabou criando um padrão racial em que as pessoas se acostumaram e passaram a ter receio do cão ficar feio se continuasse com a cauda.”
 
Ainda de acordo com a doutora Valéria, o motivo da proibição do corte da cauda estético é porque traz uma dor desnecessária ao bicho e também pode causar outras doenças e complicações após a mutilação.
 
O procedimento, que costumava ser feito com o animal ainda filhote, era mais comum em raças específicas, como cocker spaniel, pinscher, poodle, pitbull, rottweiler e dobermann. É importante, de acordo com o CFMV, que as pessoas denunciem, caso fiquem sabendo de casos onde ocorram caudectomia. 
 
Desde 2008, o CFMV proíbe a cordectomia (cirurgia que retira as cordas vocais dos animais), a conchectomia (para levantar as orelhas) e a onicectomia (extração das unhas de gatos). 
 
Em São Paulo, as denúncias podem ser encaminhadas para o CRMV pelo site: www.crmvsp.gov.br .

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