12/06/2012 - Psiquiatra analisa perfil do criminoso na Acadepol
Um dos maiores psiquiatras forenses do país, Guido Palomba realizou na manhã de segunda-feira (11) a palestra "Perfil psicológico do criminoso" que abre o curso de Especialização de Crimes Contra a Vida, na Academia de Polícia Civil (Acadepol), no Butantã, zona oeste da Capital.
Durante a palestra, Palomba explicou como identificar se um criminoso é ou não um doente mental. Segundo ele, a mente humana pode ser dividida em três categorias: normal, doente mental e fronteiriça. Nesta última, segundo o psiquiatra, se enquadram os psicopatas, que são capazes de cometer atrocidades sem sentir nenhum remorso.
Os doentes mentais
Para o profissional, uma pessoa que parece ser doente mental, na maioria das vezes, realmente é. Este tipo de doente possui uma maneira diferente de agir e boa parte de seus crimes é resultado de delírios. Ao contrário do que indica o senso comum, doentes mentais podem premeditar seus crimes. A diferença é que eles trabalham com uma lógica existente apenas em sua imaginação.
"O delírio é uma concepção anormal da realidade. Por exemplo, o delírio do esquizofrênico é um delírio persecutório, ou seja, ele se sente perseguido. Mas para o esquizofrênico aquela perseguição é como se fosse uma realidade, aquele é o mundo dele", explicou Palomba.
Os psicopatas
A categoria mais intrigante da mente é a fronteiriça. "Essa zona fronteiriça é habitada pelos assim chamados psicopatas. É um indivíduo aparentemente normal, cujos atos praticados são absolutamente anormais", comentou o psiquiatra. De acordo com ele, a pessoa que possui esse tipo de mente é caracterizada por frieza, ausência de remorso, personalidade extremamente egoísta e distúrbios de conduta, que podem ser identificados desde a infância.
Ainda segundo o palestrante, antecedentes hereditários - como casos de suicídio e uso de drogas na família, histórico da vida escolar e inspeção física podem ajudar a traçar um perfil psicológico e definir se um criminoso pode ser considerado normal, doente mental ou psicopata.
Caso Yoki
Durante a palestra, Palomba relembrou o caso Yoki, no qual E.A.K.M. matou o marido com um tiro e depois de 10 horas o esquartejou. Segundo ele, do ponto de vista psiquiátrico, um esquartejamento dificilmente poderá ser feito por uma pessoa que tem a mente normal.
"O esquartejamento é sempre um ato de extrema frieza. Não existe esquartejador que não tenha frieza. A frieza é obrigatória, porque é quase impossível qualquer pessoa diante de um corpo esquartejado aguentar a situação." Porém, o psiquiatra esclareceu que é impossível tirar qualquer conclusão em relação à condição mental de uma pessoa levando-se em conta somente a característica de frieza. Com informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública.
Um dos maiores psiquiatras forenses do país, Guido Palomba realizou na manhã de segunda-feira (11) a palestra "Perfil psicológico do criminoso" que abre o curso de Especialização de Crimes Contra a Vida, na Academia de Polícia Civil (Acadepol), no Butantã, zona oeste da Capital.
Durante a palestra, Palomba explicou como identificar se um criminoso é ou não um doente mental. Segundo ele, a mente humana pode ser dividida em três categorias: normal, doente mental e fronteiriça. Nesta última, segundo o psiquiatra, se enquadram os psicopatas, que são capazes de cometer atrocidades sem sentir nenhum remorso.
Os doentes mentais
Para o profissional, uma pessoa que parece ser doente mental, na maioria das vezes, realmente é. Este tipo de doente possui uma maneira diferente de agir e boa parte de seus crimes é resultado de delírios. Ao contrário do que indica o senso comum, doentes mentais podem premeditar seus crimes. A diferença é que eles trabalham com uma lógica existente apenas em sua imaginação.
"O delírio é uma concepção anormal da realidade. Por exemplo, o delírio do esquizofrênico é um delírio persecutório, ou seja, ele se sente perseguido. Mas para o esquizofrênico aquela perseguição é como se fosse uma realidade, aquele é o mundo dele", explicou Palomba.
Os psicopatas
A categoria mais intrigante da mente é a fronteiriça. "Essa zona fronteiriça é habitada pelos assim chamados psicopatas. É um indivíduo aparentemente normal, cujos atos praticados são absolutamente anormais", comentou o psiquiatra. De acordo com ele, a pessoa que possui esse tipo de mente é caracterizada por frieza, ausência de remorso, personalidade extremamente egoísta e distúrbios de conduta, que podem ser identificados desde a infância.
Ainda segundo o palestrante, antecedentes hereditários - como casos de suicídio e uso de drogas na família, histórico da vida escolar e inspeção física podem ajudar a traçar um perfil psicológico e definir se um criminoso pode ser considerado normal, doente mental ou psicopata.
Caso Yoki
Durante a palestra, Palomba relembrou o caso Yoki, no qual E.A.K.M. matou o marido com um tiro e depois de 10 horas o esquartejou. Segundo ele, do ponto de vista psiquiátrico, um esquartejamento dificilmente poderá ser feito por uma pessoa que tem a mente normal.
"O esquartejamento é sempre um ato de extrema frieza. Não existe esquartejador que não tenha frieza. A frieza é obrigatória, porque é quase impossível qualquer pessoa diante de um corpo esquartejado aguentar a situação." Porém, o psiquiatra esclareceu que é impossível tirar qualquer conclusão em relação à condição mental de uma pessoa levando-se em conta somente a característica de frieza. Com informações da Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública.
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