STF
aprova por unanimidade sistema de cotas raciais em universidades
Os
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram na noite desta
quinta-feira, 26, por 10 votos a zero, que o sistema de cotas raciais adotado
em universidades brasileiras é compatível com a Constituição Federal.
Todos
os ministros que participaram do julgamento acompanharam o voto do relator,
Ricardo Lewandowski. Ao se manifestar, Lewandowski reconheceu a validade das
ações afirmativas como forma de tentar reduzir as históricas desigualdades
sociais entre grupos étnicos e realizar a justiça social. O ministro Antonio
Dias Toffoli se declarou impedido e não votou, por já ter se manifestando
favoravelmente ao sistema da cotas quando era advogado-geral da União.
O
Supremo julgou três ações. Duas delas questionavam a constitucionalidade de
regras adotadas pela UnB e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) para ingresso nas instituições por meio do sistema de cotas. Na
terceira ação, são contestados dispositivos que estabeleceram políticas
afirmativas no âmbito do Programa Universidade para Todos (ProUni). Um dos
autores, o partido Democratas sustentou em sua defesa que a política baseada em
parâmetros étnicos poderia criar no País um modelo de Estado dividido pelo
critério racial - tese rechaçada pelos ministros.
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