quinta-feira, 26 de abril de 2012

Os latrocínios e sequestros caem no Estado no trimestre

Os latrocínios e sequestros caem no Estado no trimestre


O Estado de São Paulo registrou queda de latrocínios e extorsões mediante sequestro no primeiro trimestre deste ano. É o que apontam os dados das Estatísticas da Criminalidade, contabilizadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento (CAP) da Secretaria da Segurança Pública. Os latrocínios recuaram 2,41%, de 83 casos nos três primeiros meses de 2011 para 81 no mesmo período deste ano. Os sequestros apresentaram dois casos a menos, de 18 para 16.
Como o latrocínio é um roubo seguido de morte, é considerado um crime contra o patrimônio, assim como o sequestro. Desde o ano passado os latrocínios ocorridos na capital passaram a ser investigados por uma delegacia especializada do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa).
O número de extorsões mediante sequestro no primeiro trimestre é o menor dos últimos dez anos, alcançando um índice quase sete vezes menor que no ápice histórico, ocorrido em 2002, quando foram registrados 110 sequestros nos três primeiros meses do ano.
Latrocínio no mês
Quando contabilizado apenas o mês de março, em comparação ao mesmo mês de 2011, a redução de latrocínios é ainda mais expressiva. A queda foi de 13%, de 38 casos em março de 2011 para 33 este ano.
Furto
Os furtos permaneceram estáveis no Estado. Houve pequena variação de 0,3% no trimestre, que teve 131.970 casos. Os primeiros três meses de 2011 tiveram 131.466 casos.
Homicídio dolosoO primeiro trimestre registrou aumento de 7% nos homicídios dolosos. Foram 1.073 assassinatos nos três primeiros meses deste ano, contra 1.002 no mesmo período do ano passado. Em março deste ano foram 393 casos, mais que os 311 contabilizados no mesmo mês de 2011, e menos que os 407 registrados em 2010.
O crescimento acontece após uma redução histórica de 72% nos assassinatos nos últimos 12 anos no Estado. A taxa de homicídios caiu de 35,27/100 mil habitantes, em 1999, para 9,9/100 mil, em 2011. É o mais expressivo resultado do Brasil, que hoje tem taxa de 24/100 mil, mais que o dobro do índice paulista.
Menos mortes no trânsito
O número de mortos e feridos no trânsito diminuiu no trimestre. Foram 45 homicídios culposos a menos, a maioria ocorrida em acidentes de trânsito, uma diminuição de 3,86% - de 1.167 casos para 1.122. A redução decorre da maior fiscalização dos casos de embriaguez ao volante, por meio da operação Direção Segura.
Roubo a bancoA capital apresentou a maior queda de roubos a banco no trimestre, de 36 para 31 casos, 13,89% a menos.
A maioria dos ataques a caixas eletrônicos é registrada como furto qualificado e não como roubo a banco, tipificação que só cabe para casos de subtração de valores dos estabelecimentos bancários mediante grave ameaça a vigilantes ou funcionários. Tanto os furtos a bancos como os furtos de caixas eletrônicos em comércios são contabilizados, na maioria, como furtos em geral.
Tráfico de drogas
As polícias aumentaram a eficiência do combate ao tráfico de entorpecentes. No trimestre, o número de flagrantes de tráfico aumentou 15,73%, de 8.854 flagrantes de janeiro a março do ano passado para 10.247 este ano – 1.393 a mais.
Na capital, o número de flagrantes de tráfico de drogas cresceu de forma ainda mais acentuada: 39,7%. Pelo menos em parte, a elevação decorreu da bem sucedida operação Centro Legal, que combate a logística do tráfico do crack e outras drogas na região central, enquanto agentes de saúde e sociais oferecem tratamento médico aos dependentes químicos. Mais de 409 dependentes se internaram para tratamento, enquanto 373 traficantes foram presos em flagrante pelas polícias.
Prisões efetuadas
Apesar das alterações do Código de Processo Penal, que ampliaram a possibilidade de concessão de fiança, no trimestre as polícias aumentaram em 10,75% as prisões efetuadas, com 3.449 casos a mais, de 32.084 para 35.533.
Neste total há prisões que foram relaxadas pela Justiça ou pela própria polícia, depois, por exemplo, do pagamento de pensões alimentícias atrasadas. A população carcerária do Estado chegou a 188.578 presos.
Contabilizando apenas o mês de março, a polícia paulista realizou o maior número de prisões da história recente. Foram 11.464, 8,2% a mais que em março de 2011.
Armas apreendidasAs apreensões de armas ilegais cresceram 4,2% no trimestre, com 193 casos a mais, de 4.590 para 4.783.
Roubos em geral
Os roubos aumentaram 4,05% no trimestre. A taxa de roubos por 100 mil habitantes se mantém numa faixa de estabilidade. Foram registrados 562,72 roubos por grupo de 100 mil habitantes no ano passado, ante uma projeção de 558,26/100 mil este ano.
Roubos de veículos
Os roubos de veículos tiveram alta de 16,88% no trimestre, com 3.142 casos a mais que entre janeiro e março do ano passado. As polícias intensificaram ações para impedir o aumento desta modalidade criminal.
O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) desarticulou quatro desmanches e quatro lojas que comercializavam peças roubadas, numa operação que terminou com a prisão de 26 receptadores. O combate à receptação e ao desmanche de veículos é uma das ações estratégicas da SSP para coibir este tipo de prática criminal.
As polícias localizam e devolvem aos proprietários 50% dos veículos roubados ou furtados no Estado.
Nos últimos dez anos, a frota estadual cresceu 83%, de 12 milhões para 22 milhões de veículos. No período, o número de veículos roubados ou furtados no Estado caiu 18,1%, de 26.581 casos, entre janeiro e março de 2001, para 21.752, este ano.
Violência contra a mulher
Desde setembro passado, a Secretaria da Segurança Pública divulga dados de criminalidade contra a mulher. Os números de homicídios, tentativas de homicídios, lesões corporais dolosas e maus tratos, entre outros, são divulgados mensalmente pelo site da SSP (www.ssp.sp.gov.br). A divulgação atende o disposto na Lei Estadual 14.545, de setembro de 2011.
São Paulo é pioneiro na criação de políticas de defesa da mulher. Tem hoje 129 Delegacias de Defesa da Mulher (DDM). Os dados criminais, separados em capital, Grande São Paulo, interior e Estado, incluem não apenas as ocorrências registradas pelas DDMs, mas por todos os distritos policiais.
Atualizações mais frequentes
Desde março de 2011, São Paulo passou a divulgar as estatísticas criminais por mês e por distrito policial no site da Secretaria (www.ssp.sp.gov.br). A divulgação era feita trimestralmente desde 1995. Com a mudança, as atualizações das estatísticas passaram a ser mais frequentes.
As estatísticas destinam-se, em primeiro lugar, à tomada de decisões estratégicas de governo, como distribuição de recursos materiais, humanos e tecnológicos. Por isso, são sempre atualizadas, de modo a refletir da forma mais próxima possível a criminalidade.
De forma geral, as atualizações são feitas a pedido dos distritos, seccionais ou divisões, quando são descobertos fatos novos durante a investigação criminal. As atualizações propostas são analisadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da SSP antes de serem oficializadas.

Assessoria de Imprensa da Secretaria da Segurança Pública

Nenhum comentário:

Postar um comentário