Eliana Calmon afirma que quase metade dos magistrados paulistas ignora lei que obriga a exibir declaração; para ela, corporativismo no Judiciário é ‘ovo da serpente’
Atacada por associações de juízes e, nos bastidores, até por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou ontem que quase metade dos magistrados paulistas descumpre a lei que obriga servidores públicos a apresentar declaração de renda.
Segundo ela, por trás da crise no Judiciário está um movimento corporativista para enfraquecer o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Esse é o ovo da serpente", disse Eliana, que deflagrou a crise em setembro ao dizer que havia "bandidos de toga" na magistratura.
A corregedora negou que tenha havido quebra de sigilo fiscal ou bancário ou vazamento de informações sigilosas dos investigados, como sugeriu o presidente do STF, Cezar Peluso. Ela negou também que Peluso e o ministro Ricardo Lewandowski - que deu liminar suspendendo o trabalho da corregedoria - estejam sendo investigados.
Magistrados pedem ação contra Eliana
Logo após as declarações de Eliana Calmon , associações representativas de juízes decidiram pedir que o Conselho Nacional de Justiça investigue a corregedora por suspeita de quebra de sigilo de magistrados investigados. Para Eliana, essas associações são "maledicentes e mentirosas”.
Fonte: O Estado de São Paulo.
Fonte: O Estado de São Paulo.
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